16 abril 2007

300

Um filme sobre abnegação... [que irónico... mas não existem coincidências, não é?]


abnegação da mãe que vê o filho de 10 anos partir para um rito de iniciação onde só sobrevivem os mais fortes;
abnegação das crianças que se tornam adultos demasiado depressa à custa da aprendizagem da sobrevivência;
abnegação de um rei que quer manter o seu povo livre e que contra deuses e oráculos, contra a prudência e a evidência, decide lutar, dar a vida pelo ideal em que acredita: a liberdade!
abnegação de um marido, de uma mulher que calam os sentimentos de amor, por serem demasiado óbvios num olhar, na cumplicidade, na existência...
e a abnegação na honra, pouca em demasia quando se pretende salvar a vida de 300... que honra a de uma mulher que tenta salvar a quem ama independentemente dos meios que usa? usa os que tem...
que honra a de um político que vende o seu povo por um punhado de ouro, por um punhado de prestígio... nenhuma!



Uma realização brilhante, onde se percebe muito bem onde entra a animação computorizada! Diálogos sarcásticos e simplesmente deliciosos de um Leónidas sem medo, sem nada a perder... a não ser tudo... e pelo tudo dá a sua vida e dos demais que nem na morte o abandonam!


[e, neste momento, eu queria ter a força de uma espartana... deixar ir sem temer. aceitar sem chorar deixando evidentes as palavras que não ficam por dizer, mas que tardam em ser ouvidas! por um momento, eu gostava que os 300 tivessem sobrevivido e, por um momento, eu gostava que me ouvisses, até ao fim!]

1 comentário:

JLM disse...

Olá Kisa,

A filosofia espartana realmente é bastante interessante se comparada com os nossos dias. Eu mesmo escrevi um post (só que foi sobre a HQ 300) e recomendo fortemente a leitura de Portões de Fogo, de Steven Pressfield, por sua profundidade no tema.