30 janeiro 2011

L'amour, c'est mieux à deux

Comédia romântica francesa, realizada por Dominique Farrugia, Arnaud Lemort e protagonizada por Clovis Cornillac, Virginie Efira e Manu Payet.

Os diálogos improváveis típicos do humor francês desta feita centrados na história da busca da alma-gémea, do encontro perfeito e do amor para toda a vida. Michel acredita que um dia encontará, por acaso, a mulher dos seus sonhos, a mulher perfeita com quem viverá uma história duradoura de amor, à semelhança dos seus avós e dos seus pais. O melhor amigo de Michel, Vincent, tem uma outra visão da vida e do romance e gosta de seduzir e manter relações casuais com "qualquer mulher".
Enquadrado por esta amizade e pela amizade de três mulheres, L'amour, c'est mieux à deux apresenta-nos diálogos caricatos: entre as mulheres sobre depilação e homens; entre homens sobre o que esperam de uma mulher e do sexo; entre um pai ausente francês e o filho sueco que não fala francês; entre uma mãe que ao fim de mais de trinta anos de casamento revela ao filho que tem necessidades que o marido não consegue satisfazer...

Apesar da importação do género americano, as personagens são nitidamente "mais reais" quer fisicamente quer em termos de comportamento e diálogos (que de tão ridículos me levaram às lágrimas). E claro, o cenário é Paris!

Tempo ainda para pérolas como: "és muito bonita, tens umas pernas fantásticas. - é verdade, e ainda por cima são duas." 

Nota: a ver na versão original e sem legendas (o que implica conhecimentos de francês)

26 janeiro 2011

Amo-te não só pelo que És, mas pelo que fazes de mim

 

 

I love you,
Not only for what you are,
But for what I am
When I am with you.

I love you,
Not only for what
You have made of yourself,
But for what
You are making of me.
I love you
For the part of me
That you bring out;
I love you
For putting your hand
Into my heaped-up heart
And passing over
All the foolish, weak things
That you can’t help
Dimly seeing there,
And for drawing out
Into the light
All the beautiful belongings
That no one else had looked
Quite far enough to find.

I love you because you
Are helping me to make
Of the lumber of my life
Not a tavern
But a temple;
Out of the works
Of my every day
Not a reproach
But a song.

I love you
Because you have done
More than any creed
Could have done
To make me good
And more than any fate
Could have done
To make me happy.
You have done it
Without a touch,
Without a word,
Without a sign.
You have done it
By being yourself.
Perhaps that is what
Being a friend means,
After all.

 

[Roy Croft]

22 janeiro 2011

Black Swan (2010)


Triller psicológico realizado por Darren Aronofsky (The Wrestler) e centrado numa companhia de ballet de Nova Iorque. O retrato de uma bailarina que vive num mundo de pressão entre a perfeição da sua prestação (Natalie Portman), uma mãe cuja carreira de bailarina se ficou pelos coros e que acabou com uma gravidez inesperada aos 28 anos (Barbara Hershey), um professor duro e exigente (Vincent Cassel), uma dançarina em fim de carreira (Winona Ryder) e uma "estrangeira" que ameaça tornar-se a estrela da companhia (Mila Kunis).



Quando o director artístico Thomas Leroy (Cassel) decide substituir a sua bailarina principal Beth MacIntyre (Ryder) para a abertura da nova época de ballet na prdução O lago dos cisnes, começa a competição entre as restantes solistas da companhia e Nina (Portman) esforça-se até ao limite da sanidade mental para ser a sua primeira escolha. O seu principal desafio é vencer a concorrência de uma nova bailarina Lily (Kunis), que desde o primeiro dia impressiona Leroy. 
O lago dos cisnes requere uma bailarina que personifique o cisne branco: a inocência e a graça, característicos de Nina; e o cisne negro: a revolta e a sensualidade, próprios de Lily. Enquanto Leroy seduz Nina e tenta fazer emergir o seu lado "negro", Lily leva Nina ao mundo do sexo, da sedução, da droga e da bebida, arrastando-a para o mundo do qual a mãe Erica sempre a protegera.

Face à pressão de um mundo que teme, da sua ambição e desejo de perfeição, Nina desenvolve alucinações, distúrbios alimentares, cleptomania e comportamentos de auto-mutilação. Para além de uma revolta projectada na mãe, hiper-protectora e depressiva.




Quando o lado negro de Nina finalmente emerge, a jovem atinge a perfeição na interpretação do cisne negro na noite de estreia, mas o preço a pagar dessa perfeição foi - talvez - demasiado caro!





Mais uma interpretação magnífica de Portman, que já lhe valeu um Globo de Ouro! Uma realização frenética, com pontos de vista parciais e close-ups constantes às personagens: "gastas", enigmáticas, sofredoras, "loucas". Um retrato do preço do protagonismo e do mal contemporâneo da fama.

19 janeiro 2011

Society (Eddie Vedder)




Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free


Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...


When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space


Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...


There's those thinking, more-or-less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...


Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...


Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

09 janeiro 2011

Never let me go (2010)


Drama britânico, classificado como drama distópico, relata a história de três jovens: Kathy (Carey Mulligan), Ruth (Keira Knightley) e Tommy (Andrew Garfield); desde a sua passagem por um colégio interno até à idade adulta onde se dá a sua "completion", isto é, onde morrem depois de terem cumprido a função para a qual foram criados: doadores de órgãos.


Realizado por Mark Romanek; baseado no livro de Kazuo Ishiguro.

Clevedon Pier, Somerst, UK




Com uma interpretação fantástica de Carey Mulligan, Never Let me go apresenta um trabalho europeu feito de enquadramentos paisagísticos que anunciam o drama e a resignação: por do sol; céus trágicos (ou "orágicos" se a palavra existisse); iluminações ténues e vestuário cinzento.
Holkham Beach, North Norfolk, UK



Quando se vislumbra um pouco de azul é tão breve como o canto de um canário; e a luz tão efémera como o som de uma máquina hospitalar; a expectativa do descanso, do desfecho de uma vida que Mulligan questiona no fim: terá alguém percebido para que servia?

07 janeiro 2011

Copie Conforme


Realizado pelo realizador iraniano Abbas Kiarostami
Com Juliette Binoche, William Shimell
Prémio de Melhor Interpretação Feminina no Festival de Cannes 2010
Proibida a exibição no Irão devido ao guarda-roupa da protagonista (!?)








História gravada na província italiana da Toscana e centrado na pequena vila de Lucignano, "Copie Conforme" é o título do último livro do escritor James Miller que se desloca a Florença para a sua promoção. Inglês, filósofo e amante de arte apresenta uma obra onde discute o valor do original e da cópia da obra de arte.

A história é confusa e ainda hoje a crítica apresenta o filme como a história de um escritor que conhece em Florença uma francesa que o leva a conhecer Lucignano. Contudo, uma vez nesta vila são confundidos com um casal e embarcam na encenação de uma relação marital de 15 anos, em que James vive para o trabalho e raramente está com a família. Por isso, é repreendido pelo rancor de Ella que tem de lidar sozinha com um filho pré-adolescente, com as recordações de um amor ausente e com as suas carências afectivas.

Um trabalho "filosófico" com diálogos em inglês, italiano e francês, difícil de digerir; onde cópias e originais se confundem e onde percebemos que andamos a imitar sonhos de ser feliz e a "descarregar" as nossas expectativas e frustrações em cima de quem "está mais à mão".



A minha lição: As mulheres vivem da recordação da ilusão passada: cópia de felicidade; os homens vivem do esquecimento da ilusão: original inexistência.

03 janeiro 2011

Don’t Wanna Cry

I don’t wanna cry for you,

There’s nothing left to lose,
If it can make me feel better,
Than I’m gonna cry, cry for you,
I don’t wanna cry for you,
There’s nothing left to do,
If it can make me feel better,
Than I’m gonna cry, cry for you,

I know men aren’t supposed to act this way
But things, they got to real, I couldn’t stay
Now, I know one day we will both feel good
If I could be with you, you know I would

Don’t wanna cry for you
But there’s nothing left to do
If it can make me feel better
Than I’m gonna cry, cry for you
I don’t wanna cry for you
There’s nothing left to lose
If it can make me feel better
Than I’m gonna cry, cry for you

Turn the lights down low and close the door
I’m tryin to feel the way, I felt before
I’ll cry in the middle of the day
It better make me feel a better way
If it could take my pain away
Yeah oh

Take my pain away
I don’t wanna cry for you
But there is nothing left to lose
You got to let the boy have his way
Cause it gets him to drink it away
I don’t wanna cry for you
But there’s nothing left to do
If it can make me feel better
Than I’m gonna cry, cry for you
If it can make me feel better
Than I’m gonna cry, cry for you


[há dores que nunca passam e em mim nunca esquecem... sei que tenho de deixar ir, mas está demasiado funda, pregada como uma chaga. E já são 3 anos...]