26 setembro 2007

Boa sorte ou Good Luck

[Vanessa da Mata & Ben Harper]





É só isso
Não tem mais jeito
Acabou
Boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

That's it
There is no way
It's over
Good luck
I have nothing left to say
It's only words
And what l feel
Won't change

Tudo o que quer me dar
Everything you want to give me
É demais
It too much
É pesado
It's heavy
Não há paz
There is no peace
Tudo o que quer de mim
All you want from me
Irreais
Isn´t real
Expectativas
Expectations
Desleais

Mesmo, se segure
Quero que se cure
Dessa pessoa
Que o aconselha
Há um desencontro
Veja por esse ponto
Há tantas pessoas especiais

Now even if you hold yourself
I want you to get cured
From this person
Who advises you
There is a disconnection
See through this point of view
There are so many special people in the world
So many special people in the world... in the world
All you want all you want

Now were falling (falling) [...] into the night.



[estou completamente viciada nesta música...]

25 setembro 2007

knocked up



Comédia hilária e totalmente non sense.


Allison é uma mulher de carreira, low profile e solteira. Ben é um party animal, despreocupado com a vida e eternamente condenado ao desprezo das mulheres.

One night stand, uma gravidez indesejada. Vidas que mudam. Aprendizagens do desconhecido e acima de tudo: muitos desencontros, muitos silêncios... e muitos exemplos de que as coisas podem ser simples, se todos tivermos coragem de perceber o que somos, o que esperamos dos outros e o que eles esperam de nós. A legitimidade da partilha, a proximidade do afecto, a sinceridade do assumir que não somos perfeitos, mas todos podemos ser um pouco melhores... por e com aqueles que amamos. Tudo isto apimentado com as piadas non-sense de um grupo de amigos drug and tits addicted...


Seth Rogen, uma agradável surpresa!


Com Seth Rogen (the 40 years Old Vigin, You me and Dupree) e Katherine Heigl ('Izzie' Stevens de Anatomia de Grey).


Nota: ainda não estreou em Portugal!



23 setembro 2007

Unfinished Sympathy

I know that I've imagined love before
And how it could be with you
Really hurt me baby, really cut me baby
How can you have a day without a night
You're the book that I have opened
And now I've got to know much more

The curiousness of your potential kiss
Has got my mind and body aching
Really hurt me baby, really cut me baby
How can you have a day without a night
You're the book that I have opened
And now I've got to know much more

Like a soul without a mind
In a body without a heart
I'm missing every part



[Shara Nelson]

16 setembro 2007

Hino a Ísis





Porque eu sou a primeira e a última
Eu sou a venerada e a desprezada
Eu sou a prostituta e a santa
Eu sou a esposa e a virgem
Eu sou a mãe e a filha
Eu sou os braços da minha mãe
Eu sou a estéril, e os meus filhos são numerosos
Eu sou a bem casada e a solteira
Eu sou a que dá à luz e a que jamais procriou
Eu sou a consolação das dores do parto
Eu sou a esposa e o esposo,
e foi o meu homem que me criou
Eu sou a mãe do meu pai
Sou a irmã do meu marido,
e ele é o meu filho rejeitado
Respeitem-me sempre
Porque eu sou a escandalosa e a magnífica.
[Hino a Ísis, a Grande Deusa... e simplesmente um hino à mulher, pois somos deusas de nós próprias...]

15 setembro 2007

song of nothing [Guilhem IX d'Aquitaine 1071-1126]




I'll write a verse about nothing at all,
it isn't about me or about anybody else,
it isn't about love nor about youth,
nor about anything else,
because, in the first place, it was conceived while sleeping
on a horse.

I don't know at which time I was born,
I am neither happy nor sad,
I am neither a stranger nor a native,
nor can I do anything,
because I was so bewitched one night
on a high hill.

I don't know when I'm asleep,
nor when I am awake, unless I am told!
I almost had my heart broken
by a deep pain,
and I don't care at all,
by St. Martial!

I am sick and I'm afraid to die,
but I don't know more than I hear around.
I'll call for a doctor as I feel,
but I don't know which one:
he is a good doctor if he can heal me,
he isn't if I get worse.

I have a mistress, and I don't know who she is,
because I never saw her, by my troth,
nor did she do anything I'd like or dislike,
nor do I care
since I never had either a Norman or a Frenchman
in my house.

I never saw her and I love her much,
I never had meed, nor did she ever wrong me;
when I don't see her, I do rather well,
I don't care,
because I know a kinder and prettier one
who is worth more.

I have written the verse, I don't know about whom,
and I'll convey it to the one
who'll convey it to someone else
towards Poitiers,
since I would like, of that etui,
to have the second key.


[um poema dedicado ao nada...]

13 setembro 2007

O sol nas noites e o luar nos dias

[in Parque dos Poetas, Oeiras]



De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.



Auto-retrato

Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.


[Natália Correia, cuja escrita alguns críticos classificaram como surrealista, outros como barroca e outros, ainda, como romântica (entre todas, a classificação preferida pela própria), foi na verdade uma escritora cuja originalidade e versatilidade não podem ser compartimentadas em qualquer escola literária.


A ironia e o sarcasmo, as associações fónicas e imagéticas, aproximam-na do surrealismo, sem que a sua poesia deixe de ter um toque de originalidade que não pode sofrer comparação com outras expressões do movimento surrealista português. Natália Correia foi um desses seres, frequentes no nosso país, que se adiantam ao tempo em que vivem para anunciar, antecipar, novas expressões culturais. Por isso, e na linha de Teixeira de Pascoaes, Natália Correia defendia «a poesia como profecia» e «o poeta como profeta». Mais do que saudosista, a sua forte ligação às ilhas atlânticas (sobretudo à sua S. Miguel natal) e ao seu maior poeta, Antero de Quental, era de permanente paixão.


Reencontrou os grandes mitos portugueses, que nos seus trabalhos se transformaram em arquétipos recorrentes: os mitos do Andrógino (o ser completo, uno e plural), do Desejado (que simboliza a resistência, a esperança em tempos melhores), a história de Pedro e Inês (símbolos da paixão, da volúpia na morte), o espaço sagrado e iniciático da Ilha, com os seus enigmas por resolver. Toda a sua criatividade lhes estava dirigida: reformulando-os, dedicou obras próprias a cada um desses mitos, símbolos e arquétipos, conferindo-lhes uma dimensão de futuro, de liberdade, de natalidade, de portugalidade sentida.]



[Finalmente reencontro a literatura, depois de meses de reclusão em compromissos profissionais, em tempos melhor ou pior ocupados. Reencontro a poesia e encontro esta grande poetisa: Natália Correia!]

12 setembro 2007

Comfortably Numb



Hello, hello, hello
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me.
Is there anyone at home?

Come on, come on down,
I hear you’re feeling down.
Well I can ease your pain,
Get you on your feet again.

Relax, relax, relax
I need some information first.
Just the basic facts.
Can you show me where it hurts?

There is no pain, you are receding.
A distant ship's smoke on the horizon.
You are only coming through in waves.
Your lips move, but I can’t hear what you’re saying.

When I was a child, I had a fever.
My hands felt just like two balloons.
Now I’ve got that feeling once again.
I can’t explain, you would not understand.
This is not how I am.

I have become comfortably numb.

OK, OK, OK
Just a little pin prick.
There’ll be no more, aaaaaaaaaaaahhhhhhhhh,
But you may feel a little sick.

Can you stand up, stand up, stand up.
I do believe it's working good.
That’ll keep you going for the show.
Come on, it’s time to go.

There is no pain, you are receding.
A distant ship's smoke on the horizon.
You are only coming through in waves.
Your lips move, but I can’t hear what you’re saying.

When I was a child, I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye.
I turned to look, but it was gone.
I cannot put my finger on it now.
The child has grown, the dream is gone.

I have become comfortably numb.
[do clip à música... a lembrança de quem tem sempre na ponta da língua o: «que se lixe...». só para quem olha para fora e se preocupa... os outros ainda vão ter que esperar, pela próxima morte: a do corpo, já que a da alma... é evidente!]

09 setembro 2007

Grey's Anatomy

"Grey's Anatomy" é uma série americana da ABC, que entra agora na 4ª season e que conta a movimentada vida de um grupo de médicos que acabam de deixar as salas de aula para se tornarem estagiários do programa cirúrgico mais rígido de Harvard no fictício Seattle Greace Hospital, em Seatle, Washington.

A protagonista da série, que mistura drama e humor, é Meredith Grey (Ellen Pompeo), filha de uma famosa cirurgiã, mas que luta para conquistar seus objectivos sem ajuda da mãe. Há ainda os personagens Cristina Yang (Sandra Oh), Isobel "Izzie" Stevens (Katherine Heigl), uma rapariga do interior que cresceu na pobreza e que posou lingerie para pagar o curso de Medicina, George O'Malley (T.R. Knight), o Bambi romântico, dedicado à família e eternamente 'amigo' das mulheres , Alex Karev (Justin Chambers), que disfarça suas raízes na classe operária com arrogância e ambição, e os médicos Derek 'McDream' Shepperd (Patrick Dempsey), Miranda 'Nazi' Bailey (Chandra Wilson), Preston Burke (Isaiah Washinghton), Addison Montgomery (Kate Walsh), entre outros.

A série fala das dificuldades do dia a dia deste grupo de jovens médicos num “mundo” onde a aprendizagem pode ser uma questão de vida ou de morte, não esquecendo que todos têm problemas nas suas vidas pessoais/amorosas.

Destaque para as relações de amizade que se fortalecem apesar dos problemas, os diálogos non-sense que afinal fazem todo o sentido, e acima de tudo, o retrato de como as personalidades das pessoas são diferentes, totalmente diferentes, mas no entanto, no final, formam um puzzle magnífico onde é retratada uma paisagem deslumbrante.


PS: Ai McDreamy!

08 setembro 2007

Folia! Mistério de Uma Noite de Pentecostes



Na celebração do centenário do nascimento de Agostinho da Silva, Paulo Borges, um dos seus principais estudiosos, publica Folia! Mistério de Uma Noite de Pentecostes, uma 'história' romanceada sobre o V Império, a Idade do Espírito Santo, o Grande Monarca e a decadência. Mitos estruturantes do ser português onde se misturam tempos e épocas, o sagrado e o profano, a história e a crença, a vida e a morte.

Uma excelente adaptação do Teatro Tapafuros no único local em que semelhante peça poderia ser representado: Quinta da Regaleira, na Serra da Lua (Sintra). Local mágico, onde se reúnem todas as energias telúricas, todas os símbolos e arquétipos da humanidade.

«Folia ! Mistério de uma Noite de Pentecostes constituiuma recriação dos momentos fundamentais da Festado Espírito Santo, desde a sua origem medieval, refundada pela Rainha Santa Isabel, até à actualidade, tal como ainda se celebra no Penedo, nos Açores, no Brasile nas comunidades de emigrantes americanos.Tendo conhecido, desde o século XIII ao XVI,uma invulgarmente rápida e vasta expansão, no continente, ilhas e colónias – sendo mesmo celebrada a bordo das naus da Índia - , a Festa foi considerada por Jaime Cortesão, António Quadros, Natália Correia, Lima de Freitase Agostinho da Silva um dos fenómenos mais específicose simbolicamente emblemáticos da cultura portuguesae lusófona e da sua vocação ecuménica e universalista. Desde Jaime Cortesão que os Painéis atribuídos a Nuno Gonçalves, obra maior e paradigmática da arte portuguesa, estão associados ao Culto do Espírito Santo. Folia ! propõe a recriação em termos contemporâneosda experiência da iniciação e da festa comunitária, associada a uma viagem pelo imaginário mítico, histórico e cultural português. Considerando que a Festa do Espírito Santo, herdeira de formas arcaicas e medievais do “sagradode transgressão” (Roger Caillois), como as Saturnais,os ritos transmontanos do Solstício de Inverno e a Festados Loucos, bem como da experiência da superabundância cósmica e espiritual própria do Pentecostes hebraicoe cristão, expressa o “mundo às avessas” e ritualizauma transformação iniciática da consciência, visa-se renovar essa eficácia operativa nas condições da vidae da mentalidade contemporâneas.Oferece-se assim um Teatro vivo e operático, que reassume as suas origens no rito iniciático, propondo-se uma profunda interacção entre actores e público em torno dos três acontecimentos fundamentais da Festa: a Libertaçãodos Presos, a Coroação do Imperador e o Bodo comunitário. Beneficiando das condições oportunas oferecidas pelas estruturas simbólicas da Quinta da Regaleira, a Libertação dos Presos vive-se num percurso em que somos convidados a libertarmo-nos de tudo o que encobre e oprime a nossa natureza profunda, descendo na terra e nas trevase ascendendo para a luz (catábase e anábase), a Coroação do Imperador é uma experiência comunitáriade reconhecimento da natureza sagrada de todos e de tudo e o Bodo é a comunhão e celebração disso, a Festada Alegria e da Abundância, onde são vitais o pão e o vinho, a poesia, a música e a dança, culminada com a descidadas Línguas de Fogo do Espírito. [Paulo Borges]


Têm medo de morrer?! porquê? se já estão mortos!!!
Pedem ao Diabo que vos salve, em nome de Deus?!



PS: Carla, que poderosa! Viva a Folia do Espírito!!!

03 setembro 2007

Véspera da Água (Eugénio de Andrade)



Tudo lhe doía
de tanto que lhes queria:

a terra
e o seu muro de tristeza,

um rumor adolescente,
não de vespas
mas de tílias,

a respiração do trigo,

o fogo reunido na cintura,

um beijo aberto na sombra,

tudo lhe doía:

a frágil e doce e mansa
masculina água dos olhos,

o carmim entornado nos espelhos,

os lábios,
instrumentos da alegria,

de tanto que lhes queria:

os dulcíssimos melancólicos
magníficos animais amedrontados,

um verão difícil
em altos leitos de areia,

a haste delicada de um suspiro,
o comércio dos dedos em ruína,

a harpa inacaba
da ternura,

um pulso claramente pensativo,

lhe doía:

na véspera de ser homem,
na véspera de ser água,
o tempo ardido,

rouxinol estrangulado,

meu amor: amora branca,

o rio
inclinado
para as aves,

a nudez partilhada, os jogos matinais,
ou se preferem: nupciais,

o silêncio torrencial,

a reverência dos mastros,

no intervalo das espadas

uma criança corre
corre na colina

atrás do vento,

de tanto que lhes queria,
tudo tudo lhe doía.


[parem de me tentar consertar, não estou partida. apenas dorida. daquelas dores que não matam, apenas fazem crescer, e tal como cada osso cresceu sozinho, cada ferida há-de sarar da mesma forma. "eu sou aquela que todos olham mas ninguém vê"]

02 setembro 2007

Mother Teresa: Come Be My Light


* Jesus tem um amor muito especial por si. Em relação a mim, o vazio e o silêncio é tão grande, que olho e não vejo, escuto e não ouço.

* Na minha própria alma, sinto a terrível dor da sua perda. Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente.



As palavras são de Madre Teresa de Calcutá. Que dedicou a sua vida aos pobres, em quem acreditava estar Cristo. Mas as suas acções e as suas palavras contradizem-se, pois se as obras falam por si, surgem a público cartas onde Madre Teresa confessa e lamenta a sua «secura», «escuridão», «solidão» e «tortura». Referindo que há muito que deixou de sentir Cristo na sua vida, há muito que perdeu a fé e que se alguma vez fosse santa, seria uma santa da escuridão. A abnegação de uma vida em prole de um ideal maior, de um fazer por necessidade opõem-se ao sorriso aberto, mas cansado, talvez triste mas nunca ausente... resignado sim!
O cumprimento de uma missão exige sempre o esforço pessoal, implicando, por vezes, deixarmos de olhar por e para nós, para ver os outros e servi-los. Em nome de deus, de um deus qualquer, mas concerteza em nome das nossas crenças e convicções, de acordo com a nossa vontade, ou coração. deus é apenas um pretexto, por falta de coragem de assumir-mos que precisamos de nos dar aos outros para nos sentirmos um pouco melhor. E a solidão surge apenas porque... também precisamos que os outros nos encham. Infelizmente... a verdadeira justiça não é deste mundo!


*Excertos do livro: "Mother Teresa: Come Be My Light" (edição: Brian Kolodiejchuk, a publicar em Setembro no 10º aniversário da morte de Madre Teresa)

01 setembro 2007

Something Has Broken


Well I lay down
With no will to show you who I am
I just walk away
'cause I'm tired of seeing how messed up you are
It's rotten, so jealous I searched and kept my distance
Yes, I did
'cause it's not worth
Fighting against all of you losers

It seems like I'm giving up
It seems I am lost in time
It seems my term expired
If you paid some attention you'd see I might lose my mind

Well I woke up
I’ve had enough of your unfinished business
I won't resist
'cause that's what you want but I won’t play a part in your game
It's easier to change and be a stranger to ourselves
Yes, it is
But it's not worth
Wrecking my health and my precious youth

Something has broken



[Do álbum Catharsis dos Fingertips. De longe o meu álbum favorito desta banda portuguesa. Hoje o Something has broken mas poderia ser o You're gone ou o Time of sweet Delusions, ou mesmo o Mellancholic Ballad de outros tempos. É assustador quando percebemos que sempre soubemos o que era, como era, porque era e como nos tentaram e se tentaram convencer de que não era assim. A manipulação, a negação, o embuste... e, no entanto, sempre a evidência do que é, sem ilusão, correndo sempre o risco do que hoje se concretiza: as lágrimas... guardem as palavras, os silêncios, os olhares... eu só quero chorar! e estou muito cansada de dizer como é a quem não quer ouvir, a quem não quer falar, a quem nem quer saber.]