30 novembro 2007

Erros meus, má fortuna, amor ardente



Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!



[Grande Camões... será sempre grande!]

20 novembro 2007

Into the Night



Like a gift from the heavens, it was easy to tell,
It was love from above, that could save me from hell,
She had fire in her soul it was easy to see,
How the devil himself could be pulled out of me,
There were drums in the air as she started to dance,
Every soul in the room keeping time with their hands,
And we sang…

Ay oh ay oh ay oh ay,
And the voices rang like the angels sing,
And singing…
Ay oh ay oh ay oh ay,
And we danced on into the night,

Like a piece to the puzzle that falls into place,
You could tell how we felt from the look on our faces,
We was spinning in circles with the moon in our eyes,
No room left to move in between you and I,
We forgot where we were and we lost track of time,
And we sang to the wind as we danced through the night,
And we sang…





[non-sense, ritmo... toca a abanar a anca! entra completamente no ouvido, e claro a bela da guitarra do Santana... é bonito! e anima...]

ainda com o mestre Santana e o menino bonito Alex dos The Calling Why don't you and I

13 novembro 2007

Elizabeth: The Golden Age


Na sequência de Elizabeth (1998), Shekhar Kapur explora a biografia da Rainha Virgem (1533-1603) que ascendeu ao trono inglês no meio da polémica da bastardia, lutas entre cristãos e protestantes, descoberta das Américas.

A meio do seu reinado, a rainha enfrenta o poder da religião e a traição. O rei de Espanha está determinado a desafiar o seu poder com o objectivo de restabelecer o catolicismo em Inglaterra e Elizabeth prepara-se para a guerra. Mas ao mesmo tempo tem de equilibrar os seus deveres reais com uma suposta paixão proibida por sir Walter Raleigh (Clive Owen) (pirata aventureiro que tenta colonizar a América e que na trama acaba por desempenhar o papel que na História terá tido Francis Drake?). A solidão e o medo acabam por levar a Rainha ao desespero, especialmente quando percebe que ninguém é capaz de a amar por ela mesma, apenas pelo interesse de ser quem é.




Com a avassaladora Cate Blanchett, no papel de uma rainha amarga, possuída pela dor da solidão e pela abnegação a favor de um povo, de um ideal, de um destino. Assustada pelo peso da ameaça da maior potência do século XVI e pelo medo de poder estar errada quando todos dependem dela.

Jordi Molla inquietante no papel do fervoroso, dogmático e alucinado Rei Filipe II (I de Portugal). A caricatura poderá ser exagerada, mas apetece a qualquer português achincalhar ainda mais o «tontinho». Geoffrey Rush, muito discreto, demasiado discreto se estivermos acostumados às brilhantes interpretações de Quills, Shine e mesmo Piratas das Caraíbas. Clive Owen deslumbrante, mas completamente aturdido pela «luz» de Cate Blanchette. Em Inglaterra reinou uma rainha, serva de nenhum homem, e neste filme, houve uma protagonista que não deixou brilhar mais nenhuma estrela.


A fotografia, banda sonora, realização estão excelentes, no entanto, a sequela peca pela exploração fácil dos so callled amores proibidos, quando a trama histórica é, na minha opinião, bem mais interessante que o «clima de alcofa».

09 novembro 2007

Saturday Night




Today shes been working, shes been talking, shes been smoking,
But itll be alright,
Cos tonight well go dancing, well go laughing, well get car sick,
And itll be okay like everyone says, itll be alright and ever so nice,
Were going out tonight, out and about tonight.

Oh, whatever makes her happy on a saturday night,
Oh whatever makes her happy, whatever makes it alright.

Today shes been sat there, sat there in a black chair, office furniture,
But itll be alright,
Cos tonight well go drinking well do silly things,
And never let the winter in,
And itll be okay like everyone says, itll be alright and ever so nice,
Wele going out tonight, out and about tonight.

Oh, whatever makes her happy on a saturday night,
Oh, whatever makes her happy, whatever makes it alright.

Well go to peepshows and freak shows,
Well go to discos, casinos,
Well go where people go and let go

Oh whatever makes her happy on a saturday night...



[dos fundilhos do baú!!! que recordações... de uma grande dor de crescimento! mas a música é linda e a mensagem também... fazer alguém feliz! há quanto tempo não fazes alguém feliz?]

03 novembro 2007

A Pantera



De percorrer as grades o seu olhar cansou-se
E não retém mais nada lá no fundo,
Como se a jaula de mil barras fosse
E além das barras não houvesse mundo.

O andar elástico dos passos fortes dentro
Da ínfima espiral assim traçada
É uma dança da força em torno ao centro
De uma grande vontade atordoada.

Mas por vezes a cortina da pupila
Ergue-se sem ruído – e uma imagem então
Vai pelos membros em tensão tranquila
Até desvanecer no coração.


Rainer Marie Rilke

[tradução de Vasco Graça Moura]
.
[já se sentiram presos a uma sensação de impotência? de consciencialização que é preciso mudar algo, mas não conseguem mudar nada? como se os movimentos estivessem entorpecidos, como se a vontade não bastasse? Eu não... porque quando é preciso mudar, eu mudo!]

01 novembro 2007

Visions of Atlantis





Visions of Atlantis são uma banda austríaca de Power Metal. Combinam letras existencialistas e sentimentais com o poder dos instrumentos eléctricos, com arranjos clássicos e melódicos. Batidas rápidas, guitarradas e arranjos vocais que alternam a voz doce da soprano Melissa Ferlaak , com a voz masculina de Mario Plank, resultando numa invulgar combinação.

Seguindo a tradição metaleira, as suas letras são inspiradas na mitologia, contendo um alto teor simbólico e místico.



Acabam de lançar o álbum Trinity com os fantásticos: The Poem; Seven Seas;




I know not the words to make you stay,
Yet they are engraved on your face.
This secret language, I cannot speak,
Only whisper on the breeze.

My breath, these tears, my cries, all curled up inside.
Haunting apparitions that are hidden to the dark light of day.

Our destiny shall arrive, someday Angel,
I will come to you.
Our fates shall coincide, one day, dear child,
I will come for you.

Cruel means took you far away from here,
Yet your ghost has inspired me.

I shall walk in shadows under the sun,
Awaiting your faithful call.

My breath, these tears, my cries, all caught up inside.
Celestial apparitions that are shaded in the dark light of day.

Our destiny shall arrive, someday Angel,
I will come to you.
Our fates shall coincide, one day, dear child,
I will come for you.

What once was lost is now found deep inside of your soul
Cry out for me and I will return to you.

Our destiny shall arrive, someday Angel,
I will come to you.
Our fates shall coincide, one day, dear child,
I will come for you.

I return to you...








[Farão a primeira parte dos Kamelot para a tournée 'Kamelot's Ghost Opera European Tour Part II 2008']