30 junho 2007

The Shooter



Bob Lee Swagger, um atirador brilhante que abandonado na Eritreia juntamente com o parceiro após protecção a uma coluna americana responsável pela dizimação de uma aldeia. O companheiro acaba por ser morto e Swagger decide deixar os Marines. Numa casa no topo de uma montanha quase inacessível, Swagger acaba por quase conseguir esquecer o passado, até que um dia é novamente chamado para uma missão. Mas essa missão é apenas um meio de finalização do que ficara inacabado na Eritreia. Perseguido, Swagger terá de tentar sobreviver e provar a sua inocência.


Com Mark Wahlberg, Dany Gloover e Michael Peña.
De facto, filmes de sobrevivência e estratégia militar fascinam-me. Agora que vivo rodeada de réplicas, de camuflados e de 'militares' a adrenalina e o entusiasmo são ainda maiores. E além de destacar a hipocrisia, a falsidades e o facto das coisas nem sempre serem o que parecem e que existem sempre pessoas prontas a servirem-se da nossa ingenuidade... destaco também a pintura da M40A3, os cálculos de precisão... ah e o camuflado de neve... LOL

29 junho 2007

nothing else matters

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

So close no matter how far
Couldnt be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never cared for what they do
Never cared for what they know
But I know

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I dont just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Never cared for what they say
Never cared for games they play
Never cared for what they do
Never cared for what they know
And I know

So close no matter how far
Couldnt be much more from the heart
Forever trusting who we are
No nothing else matters

[sim... homenagem ao grande concerto! mas não só... so close no matter how far! grande grande grande verdade!]

27 junho 2007

deixei atrás os erros do que fui


Deixei atrás os erros do que fui,
Deixei atrás os erros do que quis
E que não pude haver porque a hora flui
E ninguém é exato nem feliz.

Tudo isso como o lixo da viagem
Deixei nas circunstâncias do caminho,
No episódio que fui e na paragem,
No desvio que foi cada vizinho.

Deixei tudo isso, como quem se tapa
Por viajar com uma capa sua,
E a certa altura se desfaz da capa
E atira com a capa para a rua.

[o Mestre Fernando Pessoa pois então... quem mais neste momento? estou sóbria e aliviada, e curiosamente não me sinto só. ainda estás aí?]

24 junho 2007

Fado Português

[José Malhoa O Fado]

nas loricae celtas
nas ladainhas pelas cearas
na morna africana
no tango argentino
pelo mundo...

expressão espontânea, livre e autêntica das gentes urbanas... há no fado português o que foi, o que é e o que será, porque o fundo temperamental não muda nem evolui, apenas é... na exacta medida do ter de ser

e podemos maldizer, achar que o outro é melhor... mas o nosso olhar cega de choro neste chão, neste rio... com esta canção magoada

20 junho 2007

Museu Nacional de Arqueologia

Antes de sermos Portugal, já eramos Lugar. Antes de sermos religião, já eramos religiosidade. Pegando nos vestígios lígures, nas pedras, fontes e árvores, J. Leite de Vasconcellos reuniu nas Religiões da Lusitânia, um conjunto de imagens, ritos, costumes e tradições associados às várias religiões que marcaram a vivência lusa.

O Museu de Nacional de Arqueologia mostra antas, oferendas e estelas, marcas do culto aos deuses de outras épocas. E é impossível não entranharmos Endovélico e Ateagina, e estranharmos Trebaruna...



Trebaruna by Moonspell

Trebraruna filha da Dor
Guerreira sagrada, Deusa do Amor
Trebraruna teu leito semente
Acolhe-nos agora num muy doce abraço
Trebraruna és Vida és Morte
da Lua és filha, dos Lobos consorte
Trebraruna pagăo é teu ventre
Ansiado refúgio de quem ainda te sente
Viva!
Trebraruna és tu quem nos gera
Alimento teu seio d'Amor e de Guerra
Trebraruna a tua voz éa melodia mais doce da nossa Terra
Trebraruna nós tuas crianças
Beijamos teus olhos cerrados com fervor
Trebraruna cantamos para ti
Somos teu eterno, fiel trovador

14 junho 2007

Metade por Oswaldo Montenegro



Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta a um homem inundado de sentimento
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui
e a outra metade não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria
pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo
mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta
mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
porque metade de mim é platéia
e a outra metade é a canção
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.


[magnífico... aliás Oswaldo Montenegro tem autênticas 'preces' poéticas que nos adormecem as ânsias. quando estou assim, sem força, esgotada... a poesia, a música são as gotas de luz que me re-erguem... há um desespero nas palavras, feito da calma e da serenidade que preciso.]

11 junho 2007

Heart of Everything


1. The Howling
2.
What have you done (ft. Keith Caputo)
3.
Frozen
4. Our Solemn Hour
5.
The Heart of Everything
6.
Hand of Sorrow
7.
The Cross
8.
Final Destination
9.
All I Need
10.
The Truth Beneath the Rose
11.
Forgiven


Um álbum que merece destaque de alinhamento. Pela consistência, pela mensagem, pela força. Fica na minha história pelo suporte numa altura em que precisei de gritar, em que precisei de ouvir... fica para mim como um dos álbuns-chave de 2007. E se inicialmente a minha preferência estava em The Truth Beneath The Rose porque me lembrava de ti... hoje dedico-te o all I need.

10 junho 2007

Sognami



Sognami dentro le tue notti, amore, sognami
Anche ad occhi aperti, amore, sognami...
Come fosse l'ultimo incantesimo, l'ultimo miracolo ora

Dream of me per portarmi sempre dentro
L'Attimo e non rimanere sola. Dream of me
Come fosse l'ultimo incantesimo per te... per me...

E' l'amore che va bussando ad ogni cuore,
Che fa rinascere e morire, che fa...

E' l'amore che va rompendo le barriere e non ha
Né razza né bandiere né età.

Sognami. Tu che sei il mio sogno, amore, sognami,
Come fossi il tuo rifugio.
Sognami oltre le distanze e tutti i limiti
Vivimi ogni istante e ancora

Dream of me nella trasparenza degli oceani
Dei tuoi viaggi immaginari. Dream of me
Ogni volta che non posso essere con te perché...

E' l'amore che va bussando ad ogni cuore,
Che fa rinascere e morire, che fa...

E' l'amore che va rompendo le barriere e non ha
Né razza né bandiere né età.

Sognami. (Love has no barriers)

Sognami. (Love has no race)

Sognami. (Love has no flags)

Dream of me. (And love has no age)
[everybody knows... toda a gente sabe que tenho fases musicais, como tenho fases de humor. E se estou em fase pop-ópera é porque ando a pensar demais, romântica de mais... a viver de menos e a sentir demais... ou então ando a precisar de paz para me 'arrumar'. Basicamente ando a sanar feridas que tentei ignorar a bem do continuar. Por isso, este senhor passou-me quase despercebido com o mega sucesso Luna. Mas o álbum Sognami não teve o mesmo azar... 'tadinhos dos vizinhos! Felizmente... a «casa» está quase arrumada!]

07 junho 2007

Ilumina-me



Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p’ra mim.

Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p’ra ti.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

*Pedro Abrunhosa (2007)

(no link a música, mil imagens)

05 junho 2007

Manuel Alegre



Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.

Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.

Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.



[foi preciso ouvi-lo cantado pelo Carlos do Carmo para perceber o poeta, para sentir as palavras e emocionar-me com elas. foi preciso sentir uma chama no peito para perceber a fonte dos exageros sentimentais e compreender porque nada iguala o que se sente na calma, o que faz sorrir em cada dia... porque «gostar de ti é um poema que não sei dizer»...]



Como Ulisses te busco e desespero
como Ulisses confio e desconfio
e como para o mar se vai um rio
para ti vou. Só não me canta Homero.

Mas como Ulisses passo mil perigos
escuto a sereia e a custo me sustenho
e embora tenha tudo nada tenho
que em te não tendo tudo são castigos.

Só não me canta Homero. Mas como U-
lisses vou com meu canto como um barco
ouvindo o teu chamar -- Pátria Sereia
Penélope que não te rendes -- tu

que esperas a tecer um tempo ideia
que de novo o teu povo empunhe o arco
como Ulisses por ti nesta Odisseia.



[pela vida, pelo sonho... eu busco e desespero... ou não: simplesmente luto, e luto, sem me sentar]

01 junho 2007

Hannibal Rising





Hannibal é um Lituano proveniente de uma família abastada que se isola no campo para fugir da guerra soviética contra os nazis. A sua família é morta e só sobrevive Hannibal de 8 anos e a sua irmã Misha de 3, condenados a sobreviver isolados de tudo e de todos. Cedo um grupo de soldados descobre-os e procura abrigo em sua casa. Aí esperam sobreviver ao rigoroso Inverno mas ficam sem comida e famintos resolvem comer Misha a irmã de Hannibal prestes a morrer de pneumonia.

A casa onde estavam é entretanto atacada e Hannibal foge para a floresta onde é socorrido por soldados e entregue aos cuidados de um orfanato. Sem pronunciar uma única palavra, Hannibal desenvolve requintes de malvadez para se defender dos ataques sucessivos dos 'líderes' do orfanato. Até que... após 10 anos de orfanato, Hannibal foge e vai procurar o único familiar que tem a França. Ao chegar a França o seu familiar já falecera e a sua esposa nipónica - Lady Murasaki - dá-lhe abrigo e formação na arte samurai, no requinte. Mas Hannibal vive perseguido pelos fantasmas do passado e inicia a sua “vendetta”, jura feita à irmã, passando a perseguir os criminosos de guerra.


Paralelamente, inicia os seus estudos no campo da medicina, refinando métodos e tornando-se no maior psicopata assassino eloquente, charmoso, requintado, sofisticado e extremamente inteligente, e simultaneamente um assassino sem escrúpulos, canibal e deliciosamente cruel.


Realização segura de Peter Webber, com argumento adaptado da obra de Thomas Harris, com brilhantes interpretações de Gaspard Ulliel (longe da ingenuidade de Manech de Un long dimanche de fiançaille), Gong Li (Hatsumono de Memoirs of a Geisha) e Dominic West (mostrando versatilidade depois de ter sido Theron em 300).