26 fevereiro 2012

The Help (2011)


Provavelmente um dos retratos mais trágico-cómicos da luta dos direitos civis e do racismo americano dos anos 60. Ao primeiro impacto julguei estar perante um "dramalhão" e preparava-me para a lágrima. Afinal a pergunta: "como se sente a criar os filhos dos brancos quando o seu filho está em casa a ser criado por outra pessoa qualquer?" denota um conflito interior que dificilmente sara. Particularmente quando a resposta é: "o meu filho morreu".

O filme desenvolve-se em torno de uma quantas donas de casa manipuladas por Hilly Holbrok mostando os comentário desumanos que faz sobre as serviçais negras e o trabalho que estas fazem e a sua submissão. Vemos uma Aibee a cuidar de uma bebé incutindo-lhe princípios de auto-estima e valorização perante o abandono da mãe, mais preocupada com o bridge do que com o carinho para a filha. Vemos o amor dessa criança para com a serviçal que a abraça e ama, como só um bom ser humano pode amar.

Até que entra em cena Skeeter, aspirante a escritora, mulher solteira, inteligente e determinada. Skeeter resolve ouvir e contar as histórias das serviçais. As peripécias sucedem-se, entre momentos de humor e desespero, entre intolerância, amizade e respeito.

Com as brilhantes interpretações de Viola Davis e Octavia Spencer, destaque ainda para a determinada Emma Stone, para a desastrada Jessica Chastain e para a "cruela" Bryce Dallas Howard.

Poderá não arrecadar Óscares da Academia, afinal direitos civis não estão propriamente na ordem do dia, contudo é o meu favorito (entre todos os nomeados que vi: the descendants, midnight in Paris, the tree of life).

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