19 janeiro 2012

Real Steel (2011)

Num futuro não muito longínquo o boxe deu lutar a lutas entre robots. Máquinas de puro aço e circuitos microelectrónicos alimentam o mundo das apostas e constituem a razão de existir de Charlie Kenton, um ex-pugilista resignado e atolado em dívidas. O jeito para o negócio acompanha o jeito para as relações interpessoais e quando tem conhecimento do falecimento da ex-namorada mãe do filho, Max, rapidamente abdica da custódia do mesmo.
Contudo, quer o destino que Max passe uma temporada com Charlie, e como qualquer rapaz de 11 anos, Max apaixona-se pelo mundo dos robots lutadores.
Ao acompanhar o pai no roubo de peças para montar um robot Max quase morre ao cair numa ravina mas é salvo por um robot abandonado no ferro velho. Max decide recuperar Atom e quase surge uma química entre ambos. O apego de Max a Atom levam-no a convencer Charlie que Atom pode lutar e ajudá-los a ganhar dinheiro que tanta falta faz a Charlie.
É então que Atom se torna uma estrela e que Charlie percebe o verdadeiro valor da amizade, da fé nos seres humanos e acima de tudo recupera a sua auto-estima.


Como é que eu acabei a ver um filme de robots? Hugh Jackman... Mas o filme acabou por se tornar uma agradável surpresa. Jackman é novamente um anti-herói. Já se tornou cliché: o endividado, que faz más opções e não liga às pessoas, mas o pequeno Max, com a atitude sincera e combativa, desarma até o mais empedernido dos "pobres coitados". O puto é destemido, teimoso e decidido. Sabe o que quer e tem noção que o pai tem as prioridades todas trocadas. No fundo, ficamos na dúvida sobre quem é o miúdo neste filme.
Este filme é uma história de regeneração: de um homem perdido, de um pequeno órfão, de um robot deitado para o lixo, de uma mulher apaixonada e órfã.
Uma lição para quem anda com os conceitos trocados, para quem se julga invencível, para quem julga que "nunca vai cair" e para quem julga pelas aparências.

1 comentário:

caminante disse...

Un saludo lleno de afecto.
Fuerte abarzo.