Num futuro não muito longínquo, o homem é perseguido e morto pelas suas emoções. Para prevenir a guerra e a morte, torna-se proibido sentir, pois no sentir está a raiva, a ira, a crueldade, a paixão, emoções que levam o homem a viver. Num regime fascista, altamente, militarizado, a tropa de elite é chamada de Gramaton Cleric que têm como missão neutralizarem toda a resistência sensitiva que actua destruindo as fábricas do Prozium, poderosa droga tomada diariamente para anestesiar as emoções dos súbditos; e contrabandeando obras de arte, música, adornos, no fundo, o belo, tudo aquilo que tenha EC (Emotional Content), ou seja, que suscita emoções no ser humano.
Mas um dia... o Clérigo-mor John Preston (Christian Bale) decide sentir... e acaba com o regime.
Muita emoção, técnica kata totalmente improvável, um Bale amotivo e irrascível, fascinante e bem longe do registo American Pshyco. Parece que agora está na moda: Rescue Dawn, The Prestige, 3:10 to Yuma... enfim, haja tempo!
Um filme muito interessante com a dicotomia:
sentir e sofrer, mas viver versus existir, ser apenas um tique-taque, à espera da morte
Uma temática inovadora, e não fosse o típico hollywood do bom-que-mata-centenas-de-maus-com-2-pistolas-que-carregam-por-milagre; os-maus-ao-princípio-matam-todos-os-resistentes-mas-no-fim-nem-levantam-a-G3... ainda seria melhor :)
uma palavra final ao inevitavelmente-actor-secundário Sean Bean (National Treasure, Troy, Lord of the Rings, Flightplan...) detonador das emoções do Clérigo Preston com as simples palavras de W. B. Yeats: "But I been poor, I only had my dreams. I put my dreams under your feet. Tread softly, because you tread on my dreams." [Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus sonhos. Eu estendi meus sonhos sob os teus pés. Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus sonhos.]
Nota: filme de 2002, nem sei se estreou nos cinemas portugueses
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