23 janeiro 2009

O Historiador



E se Drácula continuasse vivo após 500 anos? E se Drácula fosse, além de vampiro, um historiador, dono de uma das mais espantosas bibliotecas do mundo?

Autor: Elizabeth Kostova
Colecção: Cavalo de Tróia
Editora: Gótica
Ano de edição: 2005
Páginas: 598

Sinopse Uma noite, ao explorar a biblioteca do pai, uma jovem mulher encontra um livro antigo e um maço de cartas amareladas. As cartas começam todas por «Meu caro e desventurado sucessor…» e fazem-na mergulhar num mundo com que ela nunca tinha sonhado – um labirinto onde os segredos do passado do pai e do misterioso destino da mãe se ligam a um mal inconcebível escondido nas profundezas da história. As cartas abrem caminho para um dos poderes mais perversos que a humanidade já conheceu - e para uma busca que dura há séculos para encontrar a origem dessa perversidade e extingui-la. É uma busca da verdade sobre Vlad o Empalador, o governante medieval cujo bárbaro reinado esteve na base da lenda do Drácula. Gerações de historiadores arriscaram a reputação, a saúde mental e mesmo a vida para saber a verdade sobre Vlad o Empalador e Drácula. Agora, a jovem decide empreender por sua vez essa busca para seguir o pai numa perseguição que quase o destruiu quando ainda era um novo e entusiasta académico e a mãe ainda estava viva.

In FNAC


O Historiador
é uma obra apelativa não só para quem se interesse pela figura de Vlad “O Empalador” como para apreciadores de livros de aventuras.

Demonstrando um satisfatório trabalho de pesquisa (a autora terá demorado dez anos a concluir o livro), Kostova transmite uma série de dados curiosos obre a história medieval da Roménia, de Istambul e da Bulgária, assim como, da história moderna do Leste Europeu e do Império Otomano. Sendo as personagens historiadores (e wanna be) e uma antropóloga, o livro é enriquecido por diversas informações interessantes que são tão importantes como a vertente ficcional da trama com fugas, segredos e enigmas, todos desvendados seguindo um caminho que Kostova tenta que se aproxime do do trabalho de investigação historiográfica.

Contudo, o desenrolar da história revela-se confuso em termos de estrutura, pois a partir de determinado momento a autora esquece-se que está no meio de uma analepse que não faz sentido ser contada pelo recurso a cartas (do pai para a filha) quando esta refere que está a dormir... pequenas gralhas de quem tem muito fôlego para contar uma grande história.

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