30 março 2009

The boy in the striped pyjamas


Entre conversa agradável ao sol, o David recomendou-me dizendo-me apenas: é uma história simples que te deixa a pensar. Tentei dizer-lhe que, normalmente, só gosto de histórias simples, porque são essas que perduram. Além disso, também fico sempre a pensar mercê da mania dos Film Studies e do Cultural Studies. Mas obviamente que segui a recomendação, sigo sempre.


Adaptação da novela de John Boyne para o cinema, a história é apresentada pelo autor como: «A story of innocence existing within the most terrible evil, this is the fictional tale of two young boys caught up in events entirely beyond their control.»

The boy in the striped pyjamas mostra que os males inventados pelo homem não existem aos olhos das crianças, especialmente das «exploradoras», ou seja, de todas elas. A criança só teme o que sente como mau e, neste caso, Bruno não sente que Shmuel ou Pavel sejam pessoas más, apesar de perceber que algo de estranho se passa na «quinta» junto a sua casa. Entre as mentiras do pai, a coação do Tenente Kotler e as leituras de Herr Liszt, Bruno prefere a amizade da criança judia, afinal a única que tem por perto e com quem pode conversar. Perante o clima de terror imposto pelo Tenente Kotler, não hesita em trair o único amigo que tem, lamentando o erro até conseguir falar com Shmuel e lhe pedir perdão.

Até que um dia... Bruno tem de partir. Quando se despede de Shmuel este diz-lhe que não sabe do pai e, numa última aventura, Bruno entra na «quinta» e acaba na câmara de gás com o amigo e todos os membros da camarata do pai deste.

Um murro no estômago, uma história simples, que mostra apenas como os homens complicam a história e como a inocência das crianças não se coaduna com a crueldade inexplicada.


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