21 setembro 2014

Detachment (2011)

Detachment conta a história de um professor substituto nos EUA. A sua condição leva-o ao ensino de literatura americana em várias escolas sem criar laços com alunos, colegas, pais ou instituições. A "profissão ideal" para alguém estragado pela vida, para quem tem dificuldade de relacionamento com os outros, para quem se tenta esconder, ou ultrapassar problemas pessoais sem para os mesmos arrastar terceiros.

No entanto, Henry Barthes não é indiferente ao mundo e vê-se, desta vez, enredado pelas histórias de vida de quem o rodeia e procura fazer a diferença (We have such a responsibility to guide our young so that they don't end up falling apart, falling by the wayside, becoming insignificant). Acreditando que escrevendo as coisas "podem melhorar" vai-nos relatando a sua esperança, desânimo, impotência... e baixa auto-estima.

(Whatever is on my mind, I say it as I feel it, I'm truthful to myself; I'm young and I'm old, I've been bought and I've been sold, so many times. I am hard-faced, I am gone. I am just like you)

A caridade dá que fazer é o título de um livro que constantemente me veio à mente enquanto via esta filme. Juntamente com conversas edificantes que tenho mantido com quem quer fazer a diferença mas se sente vazio e desamparado, porque sós somos muito pouco. Além disso, todos temos uma história, uma bagagem mais ou menos pesada, como pode alguém à deriva indicar o caminho a quem nem sabe como navegar?

De sublinhar a brilhante interpretação de Adrian Brody e a banda sonora de Ray LaMontagne.







Henry Barthes: How are you to imagine anything if the images are always provided for you?

Henry Barthes: Doublethink. To deliberately believe in lies, while knowing they're false.

Henry Barthes: Examples of this in everyday life: "Oh, I need to be pretty to be happy. I need surgery to be pretty. I need to be thin, famous, fashionable." Our young men today are being told that women are whores, bitches, things to be screwed, beaten, shit on, and shamed. This is a marketing holocaust. Twenty-fours hours a day for the rest of our lives, the powers that be are hard at work dumbing us to death.

Henry Barthes: So to defend ourselves, and fight against assimilating this dullness into our thought processes, we must learn to read. To stimulate our own imagination, to cultivate our own consciousness, our own belief systems. We all need skills to defend, to preserve, our own minds.


Sem comentários: