quem nada tem nada pode perder, mas quem arrisca pode ganhar tudo... 'sem a loucura que é o homem mais que a besta sadia, cadáver adiado que procria?' [Fernando Pessoa, D. Sebastião]
13 dezembro 2011
Les Schtroumpfs
Que me desculpem (ou não, tanto me faz!) americanos, brasileiros e afins, mas para mim são e serão sempre Les Schtroumpfs.
Raja Gosnell tentou colocar os seres azuis no mundo contemporâneo, a fugir de Gargamel (brilhantemente interpretado por Hank Azaria) e de Azrael em plena Nova Iorque ajudados por Neil Patrick Harris e Jayma Mays.
Tenho quase a certeza que o belga Peyo não tinha nada disto em mente quando criou os Schtroumpfs, seres imaginários, generosos, habitantes de Le Pays Maudit, com uma vida pacata, que vivem o dia a dia, numa economia comunitária, lidando com os defeitos de cada um... seres simples, com vidas simples, cuja única preocupação é fugir do tenebroso Gargamel e do seu gato diabólico que lhes quer roubar a "simplicidade" e a alegria de viver.
Com uma linguagem própria - o smurfês - os pequenos seres azuis encarnam traços próprios do ser humano (preguiça, intelectual, rezingão...) que são exorbitados numa subtil crítica social. Ora o filme mostra apenas um grupo de pequenos seres em luta pela sobrevivência fora do seu habitat natural. O que tem a vantagem de distanciar a "utopia peyana" das críticas comunistas e sectárias dos anos 80, contudo, esvazia a representação socio-cultural própria da banda desenhada educativa belga.
O único mais do filme: o desenho da bonecada ficou muito giro!
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