24 agosto 2011

Ilumina-me




Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p'ra mim.


Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p'ra ti.


Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.


Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.


Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.



[Numa época em que Abrunhosa apresenta pelo país o álbum Longe, dando especial destaque ao novo single Não desistas de mim, eu recupero hits anteriores... Como são fantásticas: Eu não sei quem te perdeu, Pontes entre nós, Deixas em mim tanto de ti, e É difícil].



2 comentários:

ex-instantes (suspensos) disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ex-instantes (suspensos) disse...

volto depois de escutar as referências que nomeaste. obrigado pelos instantes alimentados por uma forma muito harmoniosa de bem estar, talvez "como um barco nas marés" neste fim de tarde de luz (ainda quente)!