31 maio 2010

The Old Ways





The pounding sea is calling me home to you
The pounding sea is calling me unto you

On a dark new year's night

On the west coast of Clare

I heard your voice singing

Your eyes danced the song

Your hands played the tune

T'was a vision before me.


We left the music behind and the dance carried on

As we stole away to the seashore

And we smelt the brine, felt the wind in our hair

And with sadness you paused.


Suddenly I knew that you'd have to go

Your world was not mine, your eyes told me so

Yet it was there I felt the crossroads of time

And I wondered why.


As we cast our gaze on the tumbling sea

A vision came o'er me

Of thundering hooves and beating wings
In clouds above.
Turning to go heard you calling my name,

Like a bird in a cage spreading its wings to fly

"The old ways are lost," you sang as you flew

And I wondered why.

The thundering waves are calling me home to you

The pounding sea is calling me home unto you



[o Vi diz que sou eu a falar. Isto depois de ter levado com os meus desabafos e de ter feito um esforço monumental para me por a rir... desde o ponto mais ocidental da Europa, do meio do oceano... afinal há uma música que expressa esta angústia, esta expressão melancólica no meu sentir]

30 maio 2010

melissa etheridge

A cantora rock, activista e sobrevivente de cancro está de regresso com o álbum Fearless Love.





Oportunidade para recordar as minhas favoritas:





[I would love to see them...]




[who doesn't?]



17 maio 2010

música dedicada

hoje queria dedicar-te uma música, pois passei dias ansiando e temendo
inventei histórias e escrevi discursos
perdi-me sem apetite pelas horas do chamado degredo
e no fim evitando as expectativas e fugindo aos lugares comuns, não consegui inventar uma música,
não consegui sentir um poema






enquanto não há amanhã... ilumina-me

é esta escuridão que me tira o ser, pondo o coração a bater fora do peito, na veia que me trespassa o cérebro... déchirure en absence





uma rosa para ti... e um espinho para mim... por não matar este meu vício de ti





porque há amores assim, sem começo ou fim... de conversar com o meu santo...






mas esta canção é mesmo triste... porque ninguém é quem queria ser... e há palavras sem voz que mesmo que quisesse não diria a ninguém






[história sem personagens]

09 maio 2010

A Eternidade e o Desejo


A Eternidade e o Desejo, romance de Inês Pedrosa, explora o Brasil moderno em diálogo com a vida aventurosa do jesuíta do século XVII, Padre António Vieira, um mestre canónico da literatura portuguesa.

Clara, a protagonista, historiadora e professora universitária, regressa à Bahia acompanhada por Sebastião. Bahia onde em tempos perdeu a visão e um amor. Sempre guiada pela luz dos textos do Padre António Vieira. O amor por outro António "devorou-lhe" os olhos. O amor por este António ensinou-lhe a virtude pela independência. Clara usa Vieira como mapa para encontrar o seu caminho. Sebastião ama-a, tenta seduzi-la, ele que nunca teve que seduzir ninguém. Ela foge de alguém com quem "partilha demasiadas afinidades para conseguirem ser amantes". No "Portugalinho do cá vamos andando" sente-se incompleta. No Brasil, "terra com odor de sobrevivência", sente-se aceite. Foge da "pena contínua que os amigos portugueses tinham dela." Eis que surge Emanuel. Perdeu um filho de dois anos levado pelas ondas do mar. "Conheço mais o Brasil do que a felicidade", há-de dizer Clara que encontra outra Clara, brasileira, que lhe mostrará que o que tem para conhecer se encontra dentro dela.


In: http://www.portaldaliteratura.com/livros.php?livro=4187#ixzz0nRyqUj73


O que define um bom escritor? Porque «fica bem» ou «fica mal» dizer-se que gostamos deste ou daquele escritor?
Na dança do social dizem-me que exprimir que gosto de Inês Pedrosa é como dizer que gosto de Margarida Rebelo Pinto. Não concordo. Da segunda li um livro e fechei a minha curiosidade ao cliché de digestão fácil, contudo reconheço que é um tipo de literatura necessário em Portugal. Além disso, os título são bem conseguidos, a mensagem promocional bem definida.

Mas Inês, Inês é diferente. Dos romances, só não comprei a Instrução dos Amantes, exactamente o recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
Pedrosa é uma pedra no estômago difícil de digerir. Se os enredos são previsíveis, as palavras são reinventadas. Se a invenção é óbvia, então porque mais ninguém regista a patente?

Inês Pedrosa é feminino, é drama para mulheres. Discordo. É drama para quem ainda se consegue emocionar. Há mulheres que já não conseguem e contudo são «muito femininas». Eu consigo e, no entanto, sou «mais para o masculina», se é que alguma vez me fiz entender.

Porque gosto de Inês? Porque é humano, apesar de me dizerem que a escritora e a pessoa não coincidem, também não quero saber. Gosto da experiência. Gosto do que sinto cada vez que pego num livro de Inês Pedrosa e leio. Gosto da história que me conta, da poesia que discorre, do pensamento enlameado que fica suspenso, preso a frases descompostas, a palavras comuns, a retratos múltiplos de quem não quer dizer tudo o que tem para dizer... falta sempre algo. E eu gosto desse algo que fica por dizer, porque se fosse fácil, não me prendia. Se fosse simples, não pensaria.
... e eu...
eu ainda gosto de pensar!



"O que se vê nunca se pode narrar com rigor. As palavras são caleidoscópios onde as coisas se transformam noutras coisas. As palavras não têm cor - por isso permanecem quando as cores desmaiam" (1-2)

03 maio 2010

Feels like home

Somethin' in your eyes, makes me wanna lose myself
Makes me wanna lose myself, in your arms
There's somethin' in your voice, makes my heart beat fast
Hope this feeling lasts, the rest of my life

If you knew how lonely my life has been
And how long I've been so alone
And if you knew how I wanted someone to come along
And change my life the way you've done

It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong

A window breaks, down a long, dark street
And a siren wails in the night
But I'm alright, 'cause I have you here with me
And I can almost see, through the dark there is light

Well, if you knew how much this moment means to me
And how long I've waited for your touch
And if you knew how happy you are making me
I never thought that I'd love anyone so much

It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way the back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong



[sem dúvida o filme que mais me emocionou nos últimos tempos, pela genuinidade, pelo drama que pode chegar a qualquer momento... Edwina Hayes, uma voz desconhecida. O vídeo no link igualmente memorável...]