04 agosto 2010

A Rainha sem Nome



Contracapa: «Filha de reis, mãe de reis e um nome esquecido na Ibéria dos Godos e dos povos Celtas.» Poderíamos definir assim a protagonista deste romance, uma personagem de origem desconhecida, acolhida pelos albiões, conhecedora dos segredos das artes dos druidas e que participa nos conflitos territoriais da sua época. No entanto, em breve vai descobrir a sua ascendência real e vai ser exigida pelo seu verdadeiro povo: os godos. Albión sofre a opressão de Lubbo, um tirano sanguinário que restaurou o sacrifício humano para adorar um deus arcaico que muitos desejam enterrar. A vida aprazível no vale vê-se mergulhada na luta pela sublevação, e a protegida do druida Enol é sequestrada por guerreiros de origem sueva. Jana, como é conhecida, é incumbida de proteger a taça do poder, que Enol lhe entrega com o objectivo de a afastar de Lubbo e da terrível ameaça no caso de ele se apoderar dela. Após a sua união com Aster, líder dos rebeldes e posteriormente príncipe dos albiões, Jana, a quem mais tarde acabarão por revelar a sua verdadeira identidade de princesa perdida, viaja, contra a sua vontade, rumo ao reino dos godos, para proteger os seus e cumprir um último desejo: devolver a taça sagrada aos povos do Norte. A Rainha sem Nome transporta o leitor através de uma viagem cheia de aventuras pela Península Ibérica goda e a França merovíngia. Um fascinante lapso de tempo, obscuro e desconhecido, que é oferecido ao leitor com apurada mestria literária e rigor histórico".


Para mim uma leitura compulsiva, ou não amasse a Península Ibérica e tudo o que respeita aos lígures e aos celtas. Daquelas histórias que me transportam para outros mundos de onde não consigo sair, confraternizando com as personagens, vivendo os seus dramas, mas acima de tudo, sorvendo a sua espiritualidade e os seus dilemas. Sem rasgos de linguagem, ou poesia em prosa, Gudín lê-se pelo retrato histórico.

Uma constelação de lutas pelo poder e pela riqueza territorial entre cantábricos, suevos, francos e visigodos que ocuparam a zona da Península Ibérica e da França, nos tempos bárbaros. Ainda o retrato das diferenças religiosas e da mulher enquanto objecto de troca, e da busca pela posse de um cálice (Graal dos celtas).


Nota menos para a edição: muitos erros de português e gramaticais na tradução da Difel!

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