02 setembro 2007

Mother Teresa: Come Be My Light


* Jesus tem um amor muito especial por si. Em relação a mim, o vazio e o silêncio é tão grande, que olho e não vejo, escuto e não ouço.

* Na minha própria alma, sinto a terrível dor da sua perda. Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente.



As palavras são de Madre Teresa de Calcutá. Que dedicou a sua vida aos pobres, em quem acreditava estar Cristo. Mas as suas acções e as suas palavras contradizem-se, pois se as obras falam por si, surgem a público cartas onde Madre Teresa confessa e lamenta a sua «secura», «escuridão», «solidão» e «tortura». Referindo que há muito que deixou de sentir Cristo na sua vida, há muito que perdeu a fé e que se alguma vez fosse santa, seria uma santa da escuridão. A abnegação de uma vida em prole de um ideal maior, de um fazer por necessidade opõem-se ao sorriso aberto, mas cansado, talvez triste mas nunca ausente... resignado sim!
O cumprimento de uma missão exige sempre o esforço pessoal, implicando, por vezes, deixarmos de olhar por e para nós, para ver os outros e servi-los. Em nome de deus, de um deus qualquer, mas concerteza em nome das nossas crenças e convicções, de acordo com a nossa vontade, ou coração. deus é apenas um pretexto, por falta de coragem de assumir-mos que precisamos de nos dar aos outros para nos sentirmos um pouco melhor. E a solidão surge apenas porque... também precisamos que os outros nos encham. Infelizmente... a verdadeira justiça não é deste mundo!


*Excertos do livro: "Mother Teresa: Come Be My Light" (edição: Brian Kolodiejchuk, a publicar em Setembro no 10º aniversário da morte de Madre Teresa)

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