08 abril 2011

Last Night


A história é simples. Um casal jovem com um casamento de 3 anos; as interrogações sobre se terão tomado a decisão certa em casar; a atracção por terceiros e o adultério, nas suas várias dimensões.

Michael e Joanna são um "casal perfeito" até que numa noite de celebração do escritório de Michael, Joanna conhece Laura, uma colega de trabalho de Michael e percebe que o marido e Laura estão mutuamente atraídos. Magoada com a possível infidelidade do marido Joanna discute com o mesmo e inicia um ciclo de dúvidas e interrogações sobre a opção do casamento. No dia seguinte, Michael viaja a trabalho com Laura e Joanna quebra a rotina do seu dia. É então que reencontra um antigo amor, Alex, com quem acaba por jantar, na companhia de outro casal. A cumplicidade entre os dois é evidente, contudo Joanna decide não trair fisicamente o marido, argumentando que seria incapaz de o olhar nos olhos se tal acontecesse.

Nos diálogos ficamos a saber que Michael e Joanna casaram logo que terminaram a faculdade depois de uma relação de namoro com "pega e larga". Durante um período de larga, Joanna - escritora e freelancer - decide procurar inspiração em Paris onde conhece Alex. O envolvimento entre os dois é intenso, mas no regresso a Nova York, Joanna reata a relação com Michael e os dois acabam por casar.

Enquanto Joanna resiste ao amor de Alex, Michael entrega-se a Laura num jogo de sedução e sexo. Contudo, o remorso fá-lo regressar mais cedo a casa onde encontra uma Joanna triste e compreensiva. Os problemas no casamento de ambos, parecem então resolvidos, permanecendo o segredo e o silêncio.


Realizado por Massy Tadjedin, com interpretações de Keira Knightley, Sam Worthington, Eva Mendes e  Guillaume Canet.
 


Um filme sobre seres humanos que nos mostra como é fácil cair em tentação e difícil resistir ao segredo. Um retrato da capacidade destruidora do conhecimento e da culpa, do remorso e da escolha. Mas que deixa uma interrogação, será o adultério do pensamento, do amor, que resiste ao sexo, mas não ao carinho, "menos adultério" que o adultério físico, do sexo, em que não existe entrega ao sentimento? Para Joanna foi igualmente destruidor, e a culpa aparentemente maior... e a lição: se queria ser perdoada teria de perdoar.
  

Sem comentários: