07 janeiro 2010

Trauma (NBC)



Normalmente não comento séries. Tenho claro os meus vícios: Bones, House, Fringe, Lie to me, CSI's, Legend of the Seeker e outras (dependendo da disposição e da paciência), mas há uma que ultimamente me prende, do género ver 2 vezes numa semana o mesmo episódio.
A série não é nada de especial, aliás, o enredo é tão fraquinho que foi cancelada na 1ª season com 13 episódios (manobra ou não da NBC, episódios adicionais ainda não foram confirmados - ver).

Digamos que é a história da equipa de paramédicos: Trauma. Assim baptizada devido a um acidente durante um salvamento que levou à morte de elementos da equipa, nomeadamente, de Terry; e ao coma de Rabbit. Ora Terry era o namorado de Nancy e o melhor amigo de Rabbit o que provoca uma enorme tristeza na equipa que tem de recomeçar com as sequelas da tragédia.
Dado o mote, entra em cena Marisa, piloto de helicópetro que se torna rottor de Rabbit e Glenn, o eterno rookie que fará parceria com Nancy (a paramédica filha de médico, com o MD mas que teima em andar de ambulância para desespero do pai e de Dr. Joe). Ora Glenn é fraquinho enquanto paramédico e torna-se chacota dos colegas, além disso tem uma paixão assolapada por Nancy. A ingenuidade do moço é tal que se nota sempre a sua inadequação à equipa. Já Marisa, ex-Iraque, tem tudo o que é preciso para enfrentar Rabbit e conquistar um lugar entre «homens».
Completam o enredo, Dr. Joe e Diane Von Dine, médicos, respectivamente o responsável técnico da equipa de Trauma e uma médica estagiária no primeiro ano.

Porquê Trauma? Empolga-me e a culpa é do Cliff Curtis. Confesso, por mim a série era feita apenas com as intervenções deste senhor horrível (o mesmo diz que não precisa de porrada para ser mais feio), mulherengo, anti-social... e outras características de um anti-herói.

Mas este senhor - sim o Rabbit - tem uma coisa só dele e que está muito danificada pela vida, pelas pessoas: o coração. E por isso: ele não gosta de crianças, mas as crianças não querem outro (para)médico; é mulherengo, mas aconselha o Boone a deixar-se de aventuras e cuidar do casamento e a respeitar o colega gay (Tyler); gosta de arriscar, mas faz tudo pela vida das colegas Nancy e Marisa; é experiente, contudo protege e aconselha a DVD... enfim, um poço de paradoxos, um coração por trás de um escudo&protecção feito de palavras e honestidade ríspidas.

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